A confecção de lençóis, pijamas e outras vestimentas, como jalecos e capotes de proteção para padioleiros e outros profissionais de saúde, além de outras peças a servidores e pacientes, tem sido um importante aliado em tempos de luta contra a Covid-19 no Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca.
Ligado à Coordenação de Hotelaria, Higienização e Gerenciamento de Resíduos, o Setor de Costura do HE do Agreste vem desempenhando um papel relevante na proteção dos servidores e usuários, sobretudo nesse período de pandemia do novo coronavírus.
Pelas mãos de cinco costureiras são produzidas, diariamente, dezenas de kits de contenção hospitalar, como aventais, jalecos, capotes de proteção e quase todo o enxoval utilizado pelos profissionais de saúde e pacientes do maior hospital público do interior de Alagoas.
Vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), o Hospital de Emergência do Agreste é uma referência regional no atendimento a vítimas de traumas de alta e média complexidade, a exemplo de acidentes no trânsito, agressões com arma de fogo, entre outras violências.
Foto: Aline Silva
Desde abril do ano passado, com a pandemia da Covid-19, a unidade de saúde ganhou uma ala exclusiva para tratamento e cura de pessoas infectadas pela doença.
Novas demandas
Segundo a coordenadora do Setor de Hotelaria, Higienização e Gerenciamento de Resíduos, enfermeira Rafaela Araújo, para atender às novas demandas, o hospital vem ampliando a produção dos kits de contenção e segurança para servidores e pacientes.
Servidora efetiva há mais de 16 anos, dos quais 15 no HE do Agreste, a costureira Maria Luzia Ferreira Lima relata que, na época da fundação do hospital, o setor funcionava em condições muito limitadas.
“Naquele tempo, fazia parte da equipe a costureira Josefa Nobre, hoje aposentada, e a Joana, que ainda trabalha em nosso hospital, mas agora em novo setor, juntamente com outra costureira Adriana”, lembra.
Luzia Ferreira salienta que, atualmente, além dela, a equipe é formada por mais quatro servidoras: Sandra , Zélia, Genaldi e Neide.
A costureira explica que o trabalho da equipe é o de confeccionar quase todo o enxoval do hospital, incluindo as peças para uso em pacientes, servidores e também o enxoval do Centro de Materiais de Esterilização (CME).
“Nessa pandemia, o foco voltou-se, basicamente, para a confecção de capotes descartáveis de proteção, para uso nos setores de emergência e áreas vermelha, laranja, amarela e setor de internação, como também para os funcionários da limpeza e higienização, acrescenta Luzia Ferreira.
No auge da pandemia, as costureiras do HE do Agreste chegaram a produzir 15 mil capotes descartáveis, entre outras vestimentas.
Ela diz que o setor ainda atende demanda intensa para a confecção de cadarços de fixação para uso em pacientes entubados.
Luiz Ferreira conta que aprendeu muito com a costureira Maria das Dores, no início da formação da equipe.
Com a chegada da pandemia da Covid-19, prossegue Luzia Ferreira, foram produzidas mais de 4.500 peças de meados de abril até outubro do ano passado.
"Nos últimos meses, a demanda caiu um pouco, mas continuamos fazendo muitas peças, utilizadas em vários setores do hospital, para a nossa satisfação e alegria", acrescenta Luzia Ferreira.
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